Emocionante: O que essa cadela fez foi incrível e totalmente humano, isso mesmo humano. Essa é a história da cadelinha May
Uma mulher ouve choro, então ela encontra um bebê aconchegado contra uma cadela de rua.
Esta é a história de uma cadelinha chamada May, que vivia nas ruas de Buenos Aires, na Argentina, e à semelhança de muitos outros cães abandonados, sobrevivia com grandes dificuldades.
Recentemente, May deu à luz, o que dificultou ainda mais as coisas, mas ainda assim, May fez algo que muitos humanos não fariam.
Alejandria Griffin, uma moradora, teve a impressão de ouvir o choro de um recém-nascido, e como tinha medo que o bebê estivesse em perigo, foi investigar de onde vinha o som, acabando por encontrar a cadelinha e a sua ninhada.
A mulher pensou que estava a confundir o choro deles com o dos bebês, mas quando olhou melhor, acabou por encontrar mesmo um recém-nascido humano!
Foi May que descobriu o bebê abandonado, e resolveu mantê-lo aquecido juntamente com os seus filhotes.
May já tinha as suas próprias crias para alimentar e proteger, mas ainda assim decidiu acolher o bebê humano, o que revela um altruísmo extraordinário.
Entretanto, Alejandria contatou a polícia, e o bebê foi levado para o hospital. Está bem de saúde e chama-se agora Santino.
Os médicos garantem que sem a ajuda de May, seguramente Santino teria morrido de frio. A polícia conseguiu localizar a mãe do menino, que tinha mais oito crianças, e prendeu-a por abandono.
Felizmente, May e os seus filhotes foram transferidos para um abrigo onde são muito bem cuidados, tal como merecem.
Exames provam que cães têm sentimento como os de uma criança humana
Cachorros têm sentimentos, defende Gregory Berns, professor de neuroeconomia da Universidade de Emory, nos Estados Unidos. Em artigo publicado no último sábado no jornal “New York Times”, ele afirma: “cachorros são pessoas”. Para chegar a esta conclusão, o pesquisador analisou dezenas de cães num aparelho de ressonância magnética. Os exames foram feitos com os animais completamente acordados, e não anestesiados. Para isto, foi necessário muito treinamento com adestradores, um esforço que permitiu mapear pela primeira vez as reações cerebrais dos cachorros a estímulos.
“Usando a ressonância magnética para analisar a estrutura cerebral dos cachorros, não podemos mais esconder a evidência. Cães, e provavelmente muitos outros animais (especialmente os primatas, nossos parentes mais próximos), parecem ter emoções como nós”, defendeu o especialista no artigo, no qual disse esperar que as pessoas deixem de tratar os bichos como se fossem objetos.
Foram pelo menos dois anos treinando cachorros para que os exames pudessem ser realizados. A primeira “voluntária” foi Callie, cadela de Berns. Treinada com a ajuda do adestrador Mark Spivak, e ensinada a entrar numa réplica do aparelho de ressonância magnética que o pesquisador construiu em casa. Ela não apenas aprendeu a ficar parada no local exato como teve que se adaptar aos protetores de ouvido, em razão da audição sensível aos 95 decibéis de ruído que o aparelho de verdade faz.
Depois de meses de treinamento e algumas tentativas num aparelho de ressonância de verdade, os pesquisadores conseguiram produzir os primeiros mapas da atividade cerebral de Callie. Além de medir as respostas do cérebro dela a estímulos, foi possível mapear as partes do cérebro que distinguem aromas familiares e não familiares.
Com o sucesso, novos voluntários aderiram ao trabalho. Em menos de um ano já havia uma dúzia de cães aptos aos exames de ressonância. Todos foram tratados “como pessoas”. Os cientistas enfatizaram que a participação do cão era voluntária e que, a qualquer momento, ele teria o direito de abandonar o estudo. Por fim, o compromisso era de que não haveria nenhuma sedação.
Os estudos, que ainda estão no início, indicam que há semelhanças entre cachorros e pessoas nas estruturas de funcionamento do chamado núcleo caudado, uma região relacionada aos mecanismos de recompensa. Nos cães, a atividade nesta parte do cérebro também ficou ativa quando o dono do animal reapareceu. Isto está sendo interpretado como um indicativo de que os animais amariam seus donos.
“A capacidade de experimentar emoções positivas, como o amor e o apego, significaria que os cães têm um nível de sensibilidade comparável a de uma criança humana. E essa capacidade sugere que devemos repensar a forma como tratamos os cães”, defendeu Berns.
O especialista vem criticando a forma como alguns animais são tratados. E reclama que as leis permitem que eles sejam tratados como coisas que podem ser descartadas, desde que o devido cuidado seja tomado para minimizar o seu sofrimento.
“Suspeito que a sociedade esteja muitos anos longe de considerar os cães como pessoas”, lamentou o cientista.